sábado, 21 de marzo de 2009

Acordo Ortográfico: professores de português criticam falta de decisões "claras e definitivas"

A Associação de Professores de Português (APP) pede decisões "claras edefinitivas" sobre a implementação do Acordo Ortográfico no ensino, defendendo a entrada em vigor da nova ortografia em simultâneo com onovo programa de Língua Portuguesa.

"Quem tem de decidir, quedecida de uma forma clara, peremptória e definitiva. Há cerca de um anopedimos esclarecimentos ao Ministério da Educação sobre esta matéria,mas até hoje ainda não nos responderam", lamentou o presidente da APP,Paulo Feytor Pinto, em declarações à Lusa. 

O ministro da Cultura anunciou este mês que o Acordo Ortográfico deverá entrar emvigor ainda durante o primeiro semestre de 2009. Relativamente aosistema de ensino, o semanário Sol adiantou que a sua aplicação deveráarrancar no próximo a título experimental num conjunto de escolas. 

Segundoa APP, tudo o que tem vindo a saber-se sobre a implementação da novaortografia é "sempre excessivamente vago", lamentando, por outro lado,que a associação não tenha sido ouvida sobre esta questão: "Nunca nospediram a nossa opinião sobre a melhor forma de implementar [o AcordoOrtográfico]. Isso poderia facilitar decisões mais consensuais". 

ParaPaulo Feytor Pinto, a implementação do novo Acordo Ortográfico nosistema de ensino deveria acontecer ao mesmo tempo que a entrada emvigor do novo programa de Língua Portuguesa do Ensino Básico, cujadiscussão pública terminou na segunda-feira. 

"Parece-nos muitomais razoável que a nova ortografia entre em vigor quando haja mudançado programa. Tanto quanto sabemos, o Ministério quer introduzir o novoprograma em 2010/2011, mas publicamente nunca assumiu nem secomprometeu com essa data", lamentou o responsável. 

Aassociação concorda com a realização de uma experiência piloto numconjunto de estabelecimentos de ensino, já que "nenhum professorportuguês tem a experiência com os seus alunos de mudança deortografia". "Ninguém em Portugal pode dizer como é que se faz",lembrou. 

Paulo Feytor Pinto considera ainda que uma das razõespela qual "é importante decidir depressa" sobre o calendário deimplementação prende-se com a questão da formação dos professores: "Senão for decidido de forma clara e definitiva não se consegue planificarnada". A agência Lusa contactou o Ministério da Educação para obtermais esclarecimentos sobre o Acordo Ortográfico, mas não obteveresposta em tempo útil.

1 comentario:

Unknown dijo...

Estive por aqui me informando no seu blog!! Abraços Ademar!!